domingo, 27 de novembro de 2011

Besouros na passarela


Para todos aqueles que gostam de moda, looks fantásticos para nos inspirar...


Eles desfilam na natureza. Suas cores e estilos revelam a riqueza da diversidade que há em nossa fauna.




Este besourinho combina tons de amarelo e preto. O desenho em sua face confere uma expressão única a seu olhar.





Suas antenas, então, são um charme!






O tom preto de suas asas o reveste como uma capa bem estilosa.








Já este besourinho possui uma coloração nude (uma cor muito valorizada na moda atual). Sua face e antenas  apresentam um rosa, de uma tonalidade um pouco mais intensa que seu exoesqueleto: uma combinação que deu muito certo!








Já o exoesqueleto, em tom vermelho, do besourinho abaixo segue o estilo da moda poá,  em que as bolas de tamanho médio apresentam-se delineadas por um contorno preto.






O estilo geométrico também é uma tendência que nunca sai de moda na natureza.
O besourinho abaixo possui um exoesqueleto preto com formas brancas simétricas. 








Nada como ser diferente! O besourinho abaixo, além de apresentar um formato bem autêntico em seu exoesqueleto, possui cores ousadas: preto e laranja em tonalidades com muito brilho.








Já que o dourado é a grande tendência do verão de 2011, esse besourinho não poderia deixar de brilhar!







Isso, sem falar nas outras cores metálicas...






O prateado também continua em evidência e uma capa transparente, então, pode conferir um charme especial nos dias de chuva.








Já se foi o tempo em que tons neutros significavam um look básico. Uma prova disso é esse besourinho, verde claro, cujo tom metálico garantiu-lhe brilhar por onde passa.












Biodiversidade é esse desfile das obras de arte que a natureza insiste em nos contemplar.





Texto e fotografia: Cláudia Pinheiro Camargos

Língua-de-vaca (Chaptallia nutans)




Nome científico: Chaptalia nutans (L.) Polak



Família: Asteraceae



Nomes populares: Língua-de-vaca, língua-de-vaca-miúda, cerraja, costa-branca, kaxinawá, labaça, língua-de-vaca, língua-de-vaca-miúda, paraqueda, pelusa, tapira, tapira-pecú, arnica-do-campo, erva-de-sangue, fumo-do-mato, labaça, chamama, paraqueda, paraquedinha, sanguineira e buglossa.







Erva nativa, não-endêmica do Brasil, tendo sido disseminada por toda América. Pode atingir até 20 cm de comprimento, sendo comum nos jardins, gramados, pastagens e terrenos baldios.

  





As flores são rosa-claro e se apresentam em hastes compridas, que emergem dos centros das folhas.












Possui propriedades cicatrizantes, anti-hemorrágicas, diuréticas, balsâmicas, antifebris, tônicas, expectorantes, antigripais, sedativas, antimicrobianas, sendo utilizada, na medicina popular em traumatismos, ferimentos, golpes, torceduras, hemorragias, nevralgias, dores musculares, dores de cabeça, anemias, cálculos-renais, cistites, icterícias, afecções pulmonares, bronquites, tosses, febres, insônias, constipações instestinais, moléstias do estômago, dermatoses, oftalmias, erupções cutâneas, bronquite, úlcera, tumores linfáticos. Na Costa Rica, os indígenas usam-na no combate às lombrigas intestinais.





Referências bibliográficas:




















Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos

sábado, 26 de novembro de 2011

Tiririca-de-flor-amarela (Hypoxis decumbens)



Pesquisando sobre essa flor amarela, que nasce tão comumente em nosso solo, descobri que estudos revelam que essa planta possui um grande potencial na área alimentar e medicinal. Aos que interessam pela área, uma espécie que merece atenção...




Nome científico: Hypoxis decumbens


 

Família: Hypoxidaceae



Nomes populares: tiririca-de-flor-amarela, mariçô-bravo, mariçó-silvestre, falsa-tiririca, tiririca-brava, tiririca.









Erva nativa, não-endêmica do Brasil, comum nos jardins, áreas com vegetação nativa mais preservada, especialmente as mais úmidas. Planta graminiforme com rizoma tuberoso, fibroso, cilíndrico e elipsóide, que pode atingir até 12,5cm de comprimento. Produz flores de cor amarela. Os frutos são cápsulas, que ao se romperem, liberam sementes negras.











Seus tubérculos são comestíveis e possuem alto teor protéico, além de fósforo e zinco. Podem ser consumidos em sopas, com macarrão, cozidas ou fritas. Cita-se que são tão saborosos quanto as melhores batatas-inglesas. (KINNUP, 2007)





Tem propriedades medicinais. É utilizada na medicina popular das Índias Orientais para o tratamento de tumores nos testículos. (KINNUP, 2007)








Referências bibliográficas:














KINNUP, Valdely Ferreira. Biólogo, Mestre em Botânica. Plantas comestíveis não-convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre, RS. Tese apresentada para obtenção do título de Doutor em fitotecnia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. (pag.221). Disponível em:






 Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos


Lagartas



As lagartas são larvas de um grupo de insetos conhecido como Lepidópteros (lepido=escamas, ptera=asa).  Na fase adulta, após sofrerem metamorfose, elas se transformam em borboletas ou mariposas.






Temos que aprender a conviver com a população de lagartas. O estágio adulto de suas vidas, então, é encantador. Borboletas colorem e enfeitam jardins. São insetos extremamente fascinantes, admirados em pinturas, poesias, canções. Para ter borboletas em nossas vidas, é preciso conviver com respeito e responsabilidade com as lagartas.







Algumas espécies de lagartas, que se transformam em mariposas, podem causar problemas à saúde se forem tocadas. É necessário admirá-las com cuidado e, sempre que caminhar por locais com vegetação, observar os troncos, os galhos, as folhas, as flores, as frutas, antes de tocá-los.




 


Essa lagarta pertence à família Saturnidae. As lagartas dessa família apresentam espinhos em formato de pinheiro, sendo que na extremidade das ramificações dessas cerdas estão localizadas glândulas de veneno. O envenenamento causado pelo contato das cerdas de lagartas com a pele é chamado de erucismo (palavra de origem latina, eruca = larva).





Na família Saturnidae se inclui o gênero lonomia. Duas espécies da lagarta lonomia estão envolvidas em acidentes humanos graves e fatais: a lonomia oblíqua e a lonomia achelous. As cerdas dessas duas espécies eliminam um veneno extremamente tóxico, que age no sangue provocando a coagulação. A vítima pode ter hemorragias que podem ocasionar a morte. A manifestação inicial é de dor e irritação imediatas no local atingido; dor de cabeça e náuseas; sangramentos através da pele, gengiva, nariz, urina.



Os acidentes com essas lagartas ocorrem com mais frequência nos meses de verão.



A lonomia oblíqua possui o corpo marrom, espinhos ao longo do corpo, ramificados e pontiagudos como “pinheirinhos” verde folha, listra marrom contornada de preto ao longo do dorso, manchas brancas no dorso. Chegam a medir entre 6 a 7cm. Não me recordo se já vi alguma com essas características, aqui, no município, contudo, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais no período de 2002 a 2007 registrou 51 notificações de acidentes com essa espécie de lagarta e dentre esses casos provenientes de Betim. É importante conhecer essa espécie para que possamos identificá-la e tomar todo cuidado em não tocá-la, caso, aqui, também seja o seu habitat. O site abaixo apresenta fotos da lonomia em sua fase de larva e quando se transforma em mariposa:







 





Referências bibliográficas:













Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Aliados contra a dengue!

Sapos, rãs, pererecas e lagartixas






Eles podem não ser muito bonitos (embora, acredito, há quem os considere “uma graça”), mas são animais extremamente importantes para o equilíbrio ecológico. Controlam a população de insetos e, por isso, ajudam na prevenção de doenças como a dengue, a febre amarela e a malária.











Os sapos, as rãs e as pererecas pertencem à ordem dos anuros, nome de origem grega, que significa “sem cauda”. Essas três espécies fazem parte da classe dos anfíbios.







Um sapo adulto come uma quantidade equivalente a três xícaras cheias de inseto por dia!







Os anfíbios são indicadores naturais da saúde do meio ambiente, pois para manter sua diversidade e crescimento necessitam de um ecossistema equilibrado. A diminuição dessas espécies é um alerta de que um sério processo de degradação ambiental.









As lagartixas também exercem o controle de pragas, alimentando-se de insetos como os mosquitos e as baratas. Elas pertencem à classe dos répteis e têm características extremamente interessantes - como a capacidade de regenerar sua cauda depois de perdê-la em algum acidente e a habilidade de aderir-se em quase todo tipo de superfície, subindo em paredes, andando no teto e escalando vidros.





 lagartixa-doméstica-tropical (Hemidactylus mabouia)




Dessa forma, nesse momento, em que o nosso País tanto se empenha numa intensiva campanha contra a dengue, esses animais são nossos grandes aliados no controle dos mosquitos Aedes Aegypti.




Referências bibliográficas:

Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

As flores de nosso jardim...

Algumas são minúsculas e quando contempladas de pertinho revelam uma perfeição na composição de formas e cores... Nasceram espontaneamente no mato, entre gramíneas e outras espécies de plantas.


 
























Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos