Precisamos pensar e estabelecer os limites entre as
relações que versam os serem que habitam a Terra. Até onde vai a nossa mente
imperialista, que ganancia cada vez mais territórios para nós em detrimento dos
direitos que deveriam garantir as condições de sobrevivência às demais espécies
do planeta? Ando pelas ruas e geralmente o que encontro são apenas pessoas, só
pessoas. E para convocar as pessoas a manter uma relação mais harmônica com os
outros seres, tem que se apelar para os impactos de nossas ações pela a nossa qualidade de vida, o nosso bem-estar, as nossas gerações futuras... sempre o nosso umbigo...
Que tipo de ser perverso somos que nos consideramos
melhores que os demais, aniquilando-os, caçando-os, os engaiolando, muitas
vezes para o nosso bel prazer?
Somos dotados de um tipo de raciocínio, que permite
apropriarmo-nos dos recursos de nosso meio para gerarmos maior bem-estar, mais
segurança, mais garantias de longevidade. Através dos avanços tecnológicos,
superamos obstáculos, garantimos a compreensão de muitos dos eventos que nos
cercam, vencemos doenças e percebemos que há uma dinâmica complexa que envolve
as diversas relações universais. Somos, em nosso entendimento, os mais
complexos desse sistema.
Contudo, cada vez mais, percebemos que há algo que nos
religa a essa teia, convidando-nos a usarmos a nossa capacidade cognitiva em
prol da melhoria das relações que tecem todos os seres nesse espaço em comum
que nos destinaram. Podemos usar nossa inteligência para proporcionar uma
melhor qualidade de vida a todos os seres. Podemos ceder espaços, sermos
generosos, menos ambiciosos, conciliar interesses para além da nossa espécie.
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