terça-feira, 22 de maio de 2012

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Precisamos pensar e estabelecer os limites entre as relações que versam os serem que habitam a Terra. Até onde vai a nossa mente imperialista, que ganancia cada vez mais territórios para nós em detrimento dos direitos que deveriam garantir as condições de sobrevivência às demais espécies do planeta? Ando pelas ruas e geralmente o que encontro são apenas pessoas, só pessoas. E para convocar as pessoas a manter uma relação mais harmônica com os outros seres, tem que se apelar para os impactos de nossas ações pela a nossa qualidade de vida, o nosso bem-estar, as nossas gerações futuras... sempre o nosso umbigo...


Que tipo de ser perverso somos que nos consideramos melhores que os demais, aniquilando-os, caçando-os, os engaiolando, muitas vezes para o nosso bel prazer?


Somos dotados de um tipo de raciocínio, que permite apropriarmo-nos dos recursos de nosso meio para gerarmos maior bem-estar, mais segurança, mais garantias de longevidade. Através dos avanços tecnológicos, superamos obstáculos, garantimos a compreensão de muitos dos eventos que nos cercam, vencemos doenças e percebemos que há uma dinâmica complexa que envolve as diversas relações universais. Somos, em nosso entendimento, os mais complexos desse sistema.


Contudo, cada vez mais, percebemos que há algo que nos religa a essa teia, convidando-nos a usarmos a nossa capacidade cognitiva em prol da melhoria das relações que tecem todos os seres nesse espaço em comum que nos destinaram. Podemos usar nossa inteligência para proporcionar uma melhor qualidade de vida a todos os seres. Podemos ceder espaços, sermos generosos, menos ambiciosos, conciliar interesses para além da nossa espécie.



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