Hoje, estava na varanda, deitada na rede, com a Raica e a Luma (as rottweilers aqui do sítio) cochilando no chão, próximas, quando avistei um teiú, na grama, bem perto. Como estava com a câmera na mão, tentei registrá-lo, mas, ao mesmo tempo, fiquei com muito receio de que as cadelas também o vissem e resolvessem caçá-lo. Fiz algumas fotos (que, infelizmente, não ficaram boas), ao mesmo tempo que levava a Raica e a Luma para bem longe do gramado. Enquanto isso, vi o teiú correr em direção oposta pelo jardim.
Quando voltei, já sem as cachorras, nem sinal do lagarto. Já havia visto esta espécie por aqui, mas nunca quando estou com a câmera fotográfica.
Conhecido pela sua agressividade (quando acuado, costuma defender-se com "rabadas"), esse grande lagarto recebe, também, outros nomes populares como tiú, teiuaçu, tejuguaçu, teju, tejo,teiú-açu, tiju e tejuaçu. Chega a alcançar 2 metros.
Tomara que eu consiga avistá-lo novamente. Infelizmente, sabemos que, assim como os tatus (e até mesmo os gambás), na região, os teiús costumam tornarem-se vítimas de pessoas que apreciam sua carne. Um hábito nocivo, que, além de causar danos à biodiversidade, é crime ambiental.
Um exemplo disso, é o relato dos moradores de que, até há pouco tempo atrás, essas espécies eram frequentes em nosso município e, hoje, já se tornaram pouco avistadas. Uma mudança drástica, considerando-se, ainda, o curto espaço de tempo. Efeitos do crescimento urbano, sim, mas também, que revelam a necessidade de planejamento dos espaços de preservação, bem como de uma nova forma de agir de cada ser humano em relação ao meio ambiente. Respeitar e valorizar cada ser que compõe a teia universal deveriam ser os princípios básicos norteadores de todas as nossas ações.
Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo, MG, 30/09/12).