Li na monografia de Michele de Oliveira Ribeiro, que as plantas exóticas invasoras (como, no estudo em questão, a Dracena fragrans Ker-Gawl) "são consideradas a segunda maior ameaça à biodiversidade, perdendo apenas para a destruição de habitats causada pela exploração humana direta". (pag.15, referenciando ZILLER, 2003). Elas podem alterar o ecossistema e provocar deslocamento ou exclusão de espécies nativas ("o maior perigo da degradação ambiental").
As invasões biológicas são a propagação de espécies vindas de outros ecossistemas. Uma espécie é considerada exótica, quando se encontra fora de seu habitat natural. É considerada exótica invasora, quando coloca em risco ecossistemas, habitats ou espécies.
Por aqui, observo a propagação de muitas dessas espécies consideradas invasoras como o beijinho (Impatiens parviflora), que se alastra pelo solo da matinha, formando um tapete de flores.
No mesmo local, fotografei recentemente a floração da planta do estudo, Dracena fragrans Ker-Gawl, que, também, nasceu espontaneamente na mata.
No curto período de observação, registrei a visita de vários animais polinizadores na planta (um deles, a também invasora, abelha Apis mellifera).
Dracena fragrans: espécie nativa da África, conhecida, no Brasil, como pau-d'água, dracena de vênus e coqueiro de vênus. Suas flores exalam um perfume intenso e são muito populares entre os insetos polinizadores (fragrans significa perfume).
Referências bibliográficas:
RIBEIRO, Michelle de Oliveira. Levantamento populacional e manejo da espécie exótica invasora Dracena fragrans Ker-Gawl (Angiospermae Liliaceae), em um trecho de Floresta Atlântica sob efeitos de borda no Parque Nacional da Tijuca, RJ, Brasil. Disponível em:
http://unirio.academia.edu/Andr%C3%A9Za%C3%BA/Papers/994455/Levantamento_populacional_e_manejo_da_especie_exotica_invasora_Dracaena_fragrans_Ker-Gawl_Angiospermae_Liliaceae_em_um_trecho_de_Floresta_Atlantica_
Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo/MG, 22/07/2012).
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