domingo, 30 de setembro de 2012

Teiú (tiú)

Hoje, estava na varanda, deitada na rede, com a Raica e a Luma (as rottweilers aqui do sítio) cochilando no chão, próximas, quando avistei um teiú, na grama, bem perto. Como estava com a câmera na mão, tentei registrá-lo, mas, ao mesmo tempo, fiquei com muito receio de que as cadelas também o vissem e resolvessem caçá-lo. Fiz algumas fotos (que, infelizmente, não ficaram boas), ao mesmo tempo que levava a Raica e a Luma para bem longe do gramado. Enquanto isso, vi o teiú correr em direção oposta pelo jardim.



Quando voltei, já sem as cachorras, nem sinal do lagarto. Já havia visto esta espécie por aqui, mas nunca quando estou com a câmera fotográfica. 

Conhecido pela sua agressividade (quando acuado, costuma defender-se com "rabadas"), esse grande lagarto recebe, também, outros nomes populares como tiú, teiuaçu, tejuguaçu, teju, tejo,teiú-açu, tiju e tejuaçu. Chega  a alcançar 2 metros.

Tomara que eu consiga avistá-lo novamente. Infelizmente, sabemos que, assim como os tatus (e até mesmo os gambás), na região, os teiús costumam tornarem-se vítimas de pessoas que apreciam sua carne. Um hábito nocivo, que, além de causar danos à biodiversidade, é crime ambiental. 

Um exemplo disso, é o relato dos moradores de que, até há pouco tempo atrás, essas espécies eram frequentes em nosso município e, hoje, já se tornaram pouco avistadas. Uma mudança drástica, considerando-se, ainda, o curto espaço de tempo. Efeitos do crescimento urbano, sim, mas também, que revelam a necessidade de planejamento dos espaços de preservação, bem como de uma nova forma de agir de cada ser humano em relação ao meio ambiente. Respeitar e valorizar cada ser que compõe a teia universal deveriam ser os princípios básicos norteadores de todas as nossas ações. 

Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo, MG, 30/09/12).

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Plantas exóticas invasoras

Li na monografia de Michele de Oliveira Ribeiro, que as plantas exóticas invasoras (como, no estudo em questão, a Dracena fragrans Ker-Gawl) "são consideradas a segunda maior ameaça à biodiversidade, perdendo apenas para a destruição de habitats causada pela exploração humana direta". (pag.15, referenciando ZILLER, 2003). Elas podem alterar o ecossistema e provocar deslocamento ou exclusão de espécies nativas ("o maior perigo da degradação ambiental"). 

As invasões biológicas são a propagação de espécies vindas de outros ecossistemas. Uma espécie é considerada exótica, quando se encontra fora de seu habitat natural. É considerada exótica invasora, quando coloca em risco ecossistemas, habitats ou espécies. 

Por aqui, observo a propagação de muitas dessas espécies consideradas invasoras como o beijinho (Impatiens parviflora), que se alastra pelo solo da matinha, formando um tapete de flores. 



No mesmo local, fotografei recentemente a floração da planta do estudo, Dracena fragrans Ker-Gawl, que, também, nasceu espontaneamente na mata. 




No curto período de observação, registrei a visita de vários animais polinizadores na planta (um deles, a também invasora, abelha Apis mellifera).









Dracena fragrans: espécie nativa da África, conhecida, no Brasil, como pau-d'água, dracena de vênus e coqueiro de vênus. Suas flores exalam um perfume intenso e são muito populares entre os insetos polinizadores (fragrans significa perfume).


Referências bibliográficas:

RIBEIRO, Michelle de Oliveira. Levantamento populacional e manejo da espécie exótica invasora Dracena fragrans Ker-Gawl (Angiospermae Liliaceae), em um trecho de Floresta Atlântica sob efeitos de borda no Parque Nacional da Tijuca, RJ, Brasil. Disponível em:
http://unirio.academia.edu/Andr%C3%A9Za%C3%BA/Papers/994455/Levantamento_populacional_e_manejo_da_especie_exotica_invasora_Dracaena_fragrans_Ker-Gawl_Angiospermae_Liliaceae_em_um_trecho_de_Floresta_Atlantica_


Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo/MG, 22/07/2012).

Orquídea olho-de-boneca (Dendrobium nobile)


Dendrobium nobile Lindl.


Sinônimo botânico: Dendrobium formosoanum (Rchb.) Masam.



Planta epífita (que desenvolve sobre o tronco das árvores), de origem asiática (China). Ao contrário que muitos pensam, não são parasitas: utilizam as árvores apenas para o seu suporte e como proteção para o seu crescimento). O nome Dendrobium vem do grego e significa: "planta que vive nas árvores". 




É um dos gêneros de orquídea mais apreciados e pode, também, ser cultivada em vasos, preferencialmente de madeira, barro ou cerâmica, forrados com pedriscos para facilitar a drenagem. Devem ser cultivadas à meia-sobra. Em locais frescos e ventilados, podem, também, ser cultivadas em áreas plenamente expostas ao sol.




Esta orquídea se adaptou bem ao clima daqui. Não precisa de cuidados especiais. Todos os anos, enche-se de cachos de flores. 


Referências:

http://www.jardineiro.net/plantas/olho-de-boneca-dendrobium-nobile.html
http://www.fazfacil.com.br/jardim/orquidea_dendrobium.html
http://www.fazfacil.com.br/jardim/orquidea_dendrobium.html


Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo/MG).

Abacaxi-de-tingir (Aechmea bromeliifolia)


Aechmea bromeliifolia (Rudge) Baker

Bromélia de origem brasileira, sendo encontrada, também, em outros países da América do Sul e da América Central. No Brasil ocorre em quatro domínios fitogeográficos: Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga e Amazônia. 



O nome Aechmea vem do grego "aichme", que significa "ponta de lança" (uma referência aos ápices espinhosos das sépalas desta planta). Conhecida, popularmente, como abacaxi-de-tingir (porque fornece uma tinta amarela empregada em tinturaria), copo-de-vaqueiro, gravata-de-pau, caraguatá ou gravatá-de-tingir. Em espanhol, é chamada de piña del monte. Pertence à família Bromeliaceae. 



A floração ocorre no inverno. 

Li que os frutos ocorrem apenas uma vez durante a existência desta planta. 


Referências:
http://www.bossanova-bromelias.com.br/ficha_especie.php?codigo=10
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aechmea_bromeliifolia
http://www.photomazza.com/?Aechmea-bromeliifolia
http://www.fapeg.go.gov.br/sbpc/pdf/Sergio/bromeliifolia.pdf


Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo/MG, Brasil, 07 e 08/07/12).

domingo, 9 de setembro de 2012

Guaxuma-branca (Sida glaziovii)





Sida glaziovii K. Schum.

Espécie subarbustiva, pertencente à família botânica Malvaceae. 



Nomes populares: guaxuma-branca, guaxuma, guaxima, guanxuma-branca, malva-guaxima, mata-pasto.




Referência:
https://www.fmcdireto.com.br/portal/manuais/infestantes_verao/files/assets/downloads/page0190.pdf


Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo/MG, Brasil). 

sábado, 8 de setembro de 2012

Os frutos da paineira estão se abrindo...




Há paina por todos os lados. A piscina sofre as consequências...




Mas os periquitos fazem a maior festa. Chegam numa grande algazarra...



Bicam os frutos...



Enrolam-se na paina...




Comem as sementes...




Olha só a carinha de satisfação...




... e uma piscada de olho!




Periquito-de-encontro-amarelo: também conhecido como periquito-de-asa-amarela e periquito-estrela. Seu nome científico é  Brotogeris chiriri. Em inglês, é conhecido como Yellow-chevroned Parakeet. É presença constante no município. Estão sempre em bandos. Aprontam uma algazarra no nascer e no pôr-do-sol. Esse grupo que fotografei hoje estava "jantando".


Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo/MG, 08/09/12).



As aves preparam seus ninhos...

Nesta época do ano, é interessante observar as aves por aqui. 

Elas "pesquisam" lugares possíveis para construção de seus ninhos e, quando encontram, vão atrás dos materiais de construção. Estes são bem diversificados...


Sabiá: barro, raízes e grama. (Fotografia: 07/09/12).


Casal de fim-fim: paina e folhas secas da araucária. (Fotografia: 08/09/12).


Sanhaço-cinzento: graveto (Fotografia:08/09/12).


Na natureza nada se perde: este suiriri achou que o tufo de pelo de cachorro pode deixar seu ninho mais confortável. (Fotografia: 07/09/12).


Esta sabiá, mais esperta (ou mais preguiçosa), já se ajeitou no "ninho-berçário", que há anos existe na varanda. Fez uma pequena reforma, é claro... (Fotografia: 02/09/12).


Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo/MG).




Cuitelão (Jacamaralcyon tridactyla)


Geralmente, avisto esta ave aqui, no sítio, pousada em árvores próximas ao ribeirão. Hoje, descobri seu nome: cuitelão. Também é conhecida como cavadeira, bicudo e violeira. Em inglês é chamada de Three-toed Jacamar. Seu nome científico é Jacamaralcyon tridactyla.





Tridactyla significa 3 dedos (a maioria das aves possui quatro dedos, o cuitelão apenas três).



É encontrada somente no Brasil, do Espírito Santo e Minas Gerais até o Paraná.

No wikiaves, essa ave aparece como em situação de vulnerabilidade, devido à destruição de seu habitat (margens de rios com arbustos e capoeiras isoladas em locais acidentados). 


Referências para identificação da espécie:




Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo/MG, Brasil, 08/09/12).



Ave que fotografei (no mesmo lugar) no dia 24/06/2012 (estava no meu arquivo das aves não identificadas):





Trapoeraba (Commelina benghalensis)



Commelina benghalensis L.


Nomes populares: andaca, andacá, andarca, erva-de-santa-luzia, maria-mole, marianinha, marianinha-branca, rabo-de-cachorro, trapoeraba.


Espécie herbácea perene nativa da África e da Ásia. Pertence à família Commelinaceae. Tem propriedades farmacológicas, sendo utilizada na medicina popular de países asiáticos e africanos. 



Referências bibliográficas:

https://www.fmcdireto.com.br/portal/manuais/infestantes_verao/index.html#/196/
http://en.wikipedia.org/wiki/Commelina_benghalensis

Fotografia: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo/MG, Brasil).

Estrelinha (Melampodium perfoliatum)


Melampodium perfoliatum (Cav.) HBK

Nomes populares: estrelinha, botão-de-cachorro.




Espécie herbácea da família Asteraceae, originária do México e da América Central. Recentemente introduzida no Brasil, vem alastrando-se rapidamente no país. Já é facilmente encontrada em Minas Gerais e em Goiás. Apresenta pequenas flores amarelas, "emolduradas" por cinco folhas que se distribuem no formato de estrela (daí seu nome popular). 




Referências bibliográficas:




Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo/MG, Brasil).

Erva-botão (Eclipta alba)


Eclipta alba (L.) Hassk.

Espécie herbácea da família Asteraceae, conhecida popularmente como agrião-do-mato, coacica, coatiá, cravo-bravo, erva-botão, erva-lanceta, ervanço, lanceta, pimenta d'água, quebra-pedra, sucurima, suricuína, surucuína e tangaracá. De origem asiática, adaptou-se bem ao clima brasileiro, proliferando-se espontaneamente em nossos solos. (Em chinês é chamada de Han Lian Cao).




Suas flores brancas têm o formato de um botão de roupa (daí seu nome popular).




Tem propriedades farmacológicas, sendo usada na medicina popular para tratar alopecia, anemia, asma, cabelos grisalhos, calvície, cirrose, depressão do sistema imunológico, disenteria, hepatite, hemorragia, icterícia, inflamações, inquietações, insônia, pedras dos rins e da vesícula, problemas do baço, zunido nos ouvidos.


Referências bibliográficas:



Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo/MG, Brasil).

Perpétua-roxa-do-mato (Centratherum punctatum)



Espécie herbácea nativa, que atinge de 60 a 80cm e apresenta, durante quase todo ano, floração de coloração roxa.  Suas folhas de formato serrilhado são aveludadas. 



Pertence à família Asteraceae. 




Nome científico: Centratherum punctatum Cass.

Nomes populares: perpétua-roxa-do-mato, perpétua, perpétua-roxa, perpétua-do-mato, balainho-de-velho, vassoura-roxa, botão-de-lapela, cravorana.





Referências bibliográficas: 

https://www.fmcdireto.com.br/portal/manuais/infestantes_verao/index.html#/76/

http://plantas-ornamentais.blogspot.com.br/2012/04/perpetua-roxa-do-mato-centratherum.html


Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo/MG, Brasil).

Picão-vermelho (Bidens gardneri Baker)



Esta planta, que nasceu espontaneamente na matinha aqui do sítio e chamou minha atenção pelas flores de um vermelho intenso, é uma espécie da família Asteraceae (a mesma do áster-do-méxico, carrapicho e demais espécies conhecidas como "picão). 



Seu nome científico é Bidens gardneri Baker e, popularmente, ela é conhecida como picão-vermelho ou, como outras espécies de sua família, simplesmente, picão. 




A planta atinge até 1,60m e ocorre em áreas de Cerrado.








Referências bibliográficas:



Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo/MG, Brasil).