terça-feira, 11 de outubro de 2011

Bem-te-vi-rajado


Jamais imaginei que esse pássaro listradinho que aparece tanto por aqui é também uma espécie de bem-te-vi. A minha ideia de bem-te-vi era só o bem-te-vi comum. Bem, isso mudou... acabei de descobrir que esse pássaro listrado é o bem-te-vi-rajado, uma ave solitária e quieta.





Ao contrário das outras espécies de bem-te-vi, que cantam intensamente durante o dia inteiro, o bem-te-vi-rajado costuma cantar com mais intensidade somente nas primeiras horas do dia e no entardecer. Seu canto, também, é muito marcante: repetido várias vezes, parece um soluço agudo e ao mesmo tempo anasalado.






Chamado de pintado, bem-te-vi-do-mato e bem-te-vi-preto, seu nome científico é Myiodynastes maculatus, uma espécie que se destaca pelo enorme bico e a cabeça desproporcional ao corpo. Costuma ser confundido com o bem-te-vi-pirata e com o peitica, mas uma das diferenças visuais é que é bem maior que ambos: é a maior das espécies rajadas da família, chegando a medir entre 18 e 23 centímetros.













Outra característica diferencial sua são as listras superciliares brancas, que, no caso do bem-te-vi-rajado, não se unem na nuca como acontece nas outras espécies de plumagem rajada.







Esse pássaro aparece em todas as regiões do Brasil, mas é mais frequente no Nordeste.









Referências bibliográficas:





Fotografias e texto: Cláudia Pinheiro Camargos


3 comentários:

  1. legal gostaria de saber ..como coidar de um filhote dele

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    1. Oi Aline! Que bom que você gostou do bem-te-vi-rajado. Realmente, ela é uma ave muito linda. Para que a natureza continue nos presenteando com este pássaro tão especial é importante lembrar que o ideal sempre é que os filhotinhos sejam criados por seus pais. Desta forma, nunca remova um filhote de seu ninho, porque as aves criadas pelos seres humanos não conseguirão ter uma vida normal e aproveitar essa liberdade que é tão importante para todos os seres. Se você encontrar um filhote abandonado, deve procurar o Centro de Zoonose de sua cidade, o IBAMA ou um Centro de Triagem de Animais Silvestres. Se não encontrar nenhum desses órgãos, leve-o a um veterinário, que ele saberá quais providências irá tomar. Se defendermos nossas espécies na natureza, iremos avistá-las cada vez mais em sua vida natural!
      Um abraço,
      Cláudia.

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  2. Moro no Rio de Janeiro e acabei de ver um no meu quintal, como nunca vi antes, corri para o computador afim de saber que pássaro era. Enfim descobri. É interessante, não sei o que está acontecendo, mas aves que são comuns no nordeste estão aparecendo por aqui, eu moro perto da Floresta da Tijuca e ano passado minha casa era constantemente visitada pelos bacurais da telha, não sei se eles virão esse ano novamente.

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